Qual seria a maneira de morrer dignamente? E se naqueles últimos momentos, os mesmos que antecedem o derradeiro final, pudéssemos reprisar a vida, como um filme. Este é mote desta novela, inspiradora de Lev Tolstói. Onde o juiz Ivan Ilitch, adoece e fica desesperado por não saber quem ocupará o seu cargo como juiz.
A doença é uma causa secundária, senão terciária. E ao lembrar-se de sua juventude, neste seu estágio de alucinação, busca as boas sensações de outrora, enquanto jovem. No entanto recordações amargas também, emergem do fundo do oceano de seus pensamentos.
Uma vida divagando sobre a coexistência
Desgostos com esposa, família, cargos jurídicos e amigos. Buscando sempre algum sentido na vida, embora o mesmo tenha vivido repleto de regalias. Mas tanto transtorno que foi relembrado, que a sensação é de que não tivesse existido. Seus amigos, não gostavam de suas atitudes presunçosas e arrogantes.
A história se desenrola com Piotr Ivanovitch e Schwartz, dois amigos próximo do juiz Ivan Ilitch, no velório. Schwartz zombando do defunto e tentando disfarçar a não religiosidade. Piotr Ivanovitch, dando os pêsames a esposa Prascóvia Fiódorovna, senhora baixa, gorda e estranha.História incrível, que possui o poder de questionar nossa existência, como pessoa e sua utilidade no meio social.
Considerada por Nabokov, uma das obras máximas da literatura russa e por muitos, uma das mais perfeitas novelas escritas. A morte de Ivan Ilitch, dispensa comentários, sendo uma ótima indicação de leitura rápida e concisa. Leiam a Morte de Ivan Ilitch de Lev Tolstói.
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