A merda toda foi jogada no ventilador. Distúrbios visuais que matam nosso cérebro e nos deixam impotentes diante de conquistas lindamente absurdas.
O que antes nos satisfazia agora não passa de um desejo que morre diante dos olhos, nos deixa flácidos tirando-nos dos eixos da lucidez.
A visão que tínhamos dos corpos lindos e endeusados são miragens. Vícios e mais vícios nos corroendo feito ácido, dia após dia, semana a semana. O ano já foi e fomos dragados feito merda no fundo do rio.
O calor humano e parceria deixaram de ser prioridades e as pessoas cada vez mais se afastam umas das outras, com medo de relações abusivas e encontros casuais que não levarão a nada.
O que vale a pena já não é algo essencial. Deixar muita coisa pelo caminho é melhor do que ir acumulando bagagem inútil.
Quando começaremos a entender que o que mais importa está na família, às vezes, ou nos amigos que contamos nos dedos? Ou em viagens que planejamos e realmente fazemos? Nas canções que ouvimos?
O desejo de ter coisas que satisfaçam a carne é maior do que os que nos satisfaz o espírito.
Será que vamos demorar para aprender que enquanto o mundo existir, os vícios e boas doses de desilusão e dias cinzentos continuarão preenchendo a tela de nossas vidas, igual uma pintura na parede de um museu? Ou que por trás do sorriso de um palhaço nem sempre existe alegria?
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