mevoi fala sobre liberdade e arte expansiva na estreia com Serguei

O artista e pesquisador Ciro Lubliner, que já cantava e compunha em inglês nas bandas canções para um mundo sem Humanos e Ladies & Gentleman, experimenta agora a língua portuguesa e novos horizontes no seu inédito projeto mevoi.

O nome é assim mesmo, em caixa baixa, uma palavra abrasileirada do espanhol e que pretende soar universal – um conceito tão expansivo quanto a música que a mevoi apresenta a partir do single “Serguei”, que chega ao streaming no dia 16 de dezembro pelo selo Abbey Roça.

Ouça aqui: https://tratore.ffm.to/serguei.
Também tem o videoclipe: https://www.youtube.com/watch?v=4_5thyOzcYQ.

A produção é quase minimalista, com influência do emblemático clipe de Subterranean Homesick Blues, do Bob Dylan. Neste audiovisual de ‘Serguei’, o mevoi destaca a letra da canção em meio a imagens de Ciro na natureza, com uma pintura que o deixa uma mistura inusitada de Almir Sater e Secos e Molhados.

“Serguei”, a apresentação do mevoi ao mundo, é e não é sobre Sérgio Augusto Bustamante, um folclórico personagem do rock nacional que, com o nome artístico Serguei, contou sobre aventuras com Janis Joplin, pansexualismo e exaltou até sua morte – em 2019 – a aura libertária de sua vida e obra.

A canção do mevoi foca na liberdade das escolhas, na beleza em conduzir a existência a partir dos próprios desejos. Com levada suave nas estrofes e refrões, “Serguei” convida a um espaço longe de controles sociais, distante do julgamento alheio.

“Ser como Serguei/território sem lei”, canta Ciro no refrão, quando não deixa dúvidas de que a música homenageia Serguei, o icônico cantor, quase como um “muso” inspirador para cantarolar sobre um ser/estar liberto.

“Serguei” traz referências do glam rock setentista de David Bowie, T-Rex e Sweet, mas também carrega o frescor do novo rock, um pouco indie folk, do que faz o Black Rebel Motorcycle Club.

Disco completo

O mevoi nasce com “Serguei” e vai se expandir em 2022 com outras músicas. Algumas destacam uma veia mais psicodélica do projeto, por exemplo, outras apostam na introspecção e tem mais espaço para o art rock.

O lançamento do álbum completo, já intitulado “Seja lá o que isso Seja”, acontece em fevereiro do próximo ano.
Sobre Ciro Lubliner

Ciro Lubliner é músico, pesquisador e tradutor e tem trabalhos no campo do cinema, onde participou da realização de curtas-metragens de ficção e documentários.

Na música, a jornada começou em 2006 com a banda canções para um mundo sem Humanos, formada na cidade de São Carlos (interior de São Paulo) e que durou até 2008. Era um power trio, com Ciro (guitarra/voz), Hiro Ishikawa (bateria/teclado/voz) e Marcos Pio (baixo/voz). A banda lançou dois singles, “Let’s Take a Walk” e “The Clown’s Howl”, além do EP “canções”, com cinco faixas.

Em seguida, a partir de 2010, Ciro formou e entrou como guitarrista e vocalista na banda de rock alternativo Ladies & Gentleman, um quarteto que era completado por Gabriel Nanbu (guitarra e vocal), Caio Kenji (baixo) e João Paulo Paixão (bateria e vocais).

A Ladies, com letras em inglês, trazia na sonoridade os ecos do punk e de bandas alternativas dos 90, além de garageiras sessentistas. Nos arranjos, riffs pesados, solos grudentos, vocais estranhos, baixo-distorção, guitarras gentis.

O primeiro EP do Ladies & Gentleman, “Here They Are…”, foi gravado ao vivo no Z7Studio, de Tadeu Martinez, e lançado na internet em 2011. No início de 2013 foi lançado o segundo EP, intitulado “Silence, and Scents, and Sins”.

Já em 2015, com Hiro Ishikawa na bateria, o mesmo Hiro que está ao lado de Ciro no mevoi, o Ladies & Gentleman lançou seu último EP, “lost is all we are”, gravado no Estúdio Lamparina, produzido por Guto Gonzalez e que conta com a participação de Luciana Crepaldi (vocal).
mevoi nas redes sociais

www.instagram.com/cirolubliner.mevoi
https://linktr.ee/cirolubliner

Ficha Técnica de Serguei
letra por Ciro Lubliner
música por Ciro Lubliner e Rafa Well
Ciro Lubliner (@cirolubliner.mevoi): voz, guitarra e violão
Rafa Well (@rafaelbsartori): baixo e programação
Hiro Ishikawa (@hirotishikawa; Sorry for All @sorryforallmusic): bateria

produzido por Ciro Lubliner e Rafa Well
gravado e mixado por Rafa Well na Chácara Canto Alecrim Dourado, em São Roque/SP, no Abbey Roça, e no Estúdio RBS, em Socorro/SP

masterizado por Lisciel Franco (@lisciel) no ForestLab Studio (@forestlabstudio)

fotografia e arte por Caio Kenji (@kenjicaio) e Fernando Perecin (@fernandoperecin)

um lançamento Selo Abbey Roça (@abbeyroca)

assessoria de comunicação Tedesco Mídia (@tedesco.com.midia)
Clipe Serguei

direção: Ciro Lubliner, Fernando Perecin e Caio Kenji
câmera: Fernando Perecin e Caio Kenji
edição e finalização: Fernando Perecin
animação: Hiro Ishikawa

Diego Fernandes Escrito por:

Bebedor desenfreado de café, Diego é desenvolvedor front-end e professor. É o fundador do Duofox. Na literatura não vive sem os russos Tolstói, Dostoiévski e Anton Tchekhov e consegue "perder" tempo com autores da terra do Tio Sam, Raymond Chandler e Melville. Acredita que a arte de maneira geral é a única forma de manter o ser humano pelo menos acordado, longe do limbo que pode levar a humanidade à Encruzilhada das Almas.

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