Chega a todas as plataformas de streaming o álbum de estreia da cantora Marina Silva. Intitulado “Caótico Jazz Tropical”, o registro tem como espinha dorsal a diversificação de sonoridades e temas, desde questões existencialistas que extrapolam o social até razões políticas, como o feminismo (nas faixas “Fixos e Fluxos”, “O Vento é Mulher” e na cômica “O Que Vem de Macho Não Me Atinge”) e as queimadas que devastam as florestas brasileiras.
Entre a MPB, o jazz, o rock, o soul e a música latina, Marina Silva cria diversas atmosferas e não tem medo de experimentar, como em “Baião de Clavinet”, onde o funk e o baião andam lado a lado. “Caótico Jazz Tropical” é recheado de poesia, assim como também apresenta uma ilustrativa fração totalmente instrumental, composta pelas faixas “Jazz Tropical Caótico”, “Parto-me”, “Rio de Janeiro Anos 70”, “Ventre de Ishtar”, “Batuquêra” e “Trópico”.
“A ideia era fazer experimentações dentro de vários ritmos, desde o funk americano, o jazz e a música árabe, e colocar um olhar tropical em cima desses ritmos. Ao mesmo tempo, incluir a temática do feminino no centro. Ainda que não esteja em todas as canções, é um tema que atravessa a obra como um todo”, explica Marina.
Marina Silva assina a produção e a execução instrumental enquanto Jedias Hertz é responsável pela mixagem, masterização e pela capa do disco. “A ideia estética da capa era criar uma releitura do quadro de “O Nascimento de Vênus” (Sandro Botticelli) que representasse a fauna brasileira. Então montamos um fundo praiano, com coqueiros, frutas nativas brasileiras, que revelam esse conceito tropical do disco. É um visual que remete ao feminino ao mesmo tempo que traz as nossas brasilidades”, conta Jedias.
Apesar de terem perfis separados nas plataformas de streaming, Jedias Hertz e Marina Silva formam um duo. Hertz faz diversas participações em “Caótico Jazz Tropical” assim como Marina também tem grande influência no álbum do cantor, que será lançado em 2021. Os dois tocam juntos há mais de um ano e, antes da pandemia, costumavam fazer saraus em Rio Claro (SP), cidade onde residem.
“Caótico Jazz Tropical” também tem como característica a união entre melodias criadas em softwares de computador e instrumentos musicais, o que torna o digital e o orgânico uma coisa só.
Sobre Marina Silva
Marina Silva é artista de Rio Claro (SP) e iniciou seus estudos musicais ainda na adolescência, quando aprendeu a tocar bateria. Desde 2018, incentivada por seu parceiro Jedias Hertz, tem atuado profissionalmente na carreira musical. Os dois tocam juntos há mais de um ano e, antes da pandemia, organizavam saraus em Rio Claro.
“Caótico Jazz Tropical” é o álbum debute de Marina e traz diversas influências do jazz, do soul e da MPB, junto com temas que extrapolam o existencial e chegam até esferas críticas e sociais. Livre do fórmulas, Marina se apresenta neste trabalho de forma livre, sem barreiras para misturar diversos estilos que desembocam na atmosfera tropical criada pela artista.
Ficha Técnica
Arranjo, produção, conceito, execução instrumental e voz por Marina Silva
Letra de ‘Fixos e Fluxos’ por Maria Rita de Cássia Leonardo
Letra de ‘Baião de Clavinet’ por Jedias Hertz e Marina Silva
Letra de ‘O Vento é Mulher’ por Jedias Hertz
Letra de ‘O que Vem de Macho Não Me Atinge’ por Marina Silva
Participação de Jedias Hertz com gaita e voz em ‘Baião de Clavinet’, Guitarra Leslie em ‘Rio de Janeiro Anos 70’ e voz em ‘O que Vem de Macho Não Me Atinge’;
Parto-me é composição de Jedias Hertz com arranjo e execução de Jedias Hertz e Marina Silva
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