Mani Carneiro sintoniza trip hop com violão pernambucano no clipe “Qualantena”

“Qual será o meu elo de conexão, qual a antena?”, questiona Mani Carneiro em busca de sintonia. Convidando a uma revisão íntima sobre o que nos une em tempos de isolamento, o cantor, compositor e violonista pernambucano anuncia seu próximo EP com o single e clipe “Qualantena”.

Assista a “Qualantena”: https://youtu.be/uLS_ZUg0CNs
Ouça “Qualantena”: https://smarturl.it/qualantena 

Mesclando tons de trip hop ao seu violão, Mani recebe na faixa a participação de músicos referência no cenário carioca. Jam da Silva assina percussões e bateria, com o trombone de Marlon Sette, sax barítono de Jorge Continentino, trompete de Diogo Gomes e Moog, sintetizador e piano Rhodes de Erick Amorim – este último fazendo uma ponte com a Recife natal de Carneiro. Todos os músicos gravaram em suas casas, ampliando o sentido intimista da composição. 

“‘Qualantena’ foi composta durante os 3 primeiros meses de pandemia, onde a solidão, a preocupação e  o medo foram dando lugar ao autocuidado e reflexões sobre a vida coletiva. Amigos perguntavam se eu não ia falar nada sobre tudo. E de repente tudo que vi e senti explodiu na composição que surgiu em 5 minutos. E aí veio a vontade de compartilhar com as pessoas e o cuidado em como gravar com segurança. Essa música furou a fila, pois eu estava no processo de finalização do próximo EP que tinha já repertório fixo, então parei tudo pra focar nela, que se fez mais urgente”, analisa Mani.

O título propõe um neologismo com um jogo de palavras para falar do que somos – a antena, em busca de sinais externos – e não apenas do que precisamos fazer – a quarentena. A ideia é focar no que nos conecta e liberta, ao invés daquilo que momentaneamente nos limita. O vídeo traz um olhar que humaniza a casa e reflete a transformação interior do indivíduo, procurando dar uma sensação de busca e preenchimento, numa falsa impressão do vazio.

“O tema da música podemos dividir em camadas. A primeira e mais óbvia é a casa física em si,  em sua importância numa quarentena, mas logo em seguida vem a camada principal que seria a ‘casa metafísica’, ou o repensar o planeta a partir de nossa casa, nosso corpo, nossa existência… e como isso toca o outro, já que fazemos todos parte desse ecossistema que chamamos vida na terra. A casa –  o planeta, o corpo –  só faz sentido pelo ser humano que faz uso dela e como se conecta com o coletivo, ainda mais agora em meio a uma pandemia, onde o ar que respiramos muda a vida à nossa volta. Pensemos: tudo que fazemos ‘inter-fere’”, conclui Mani.

“Qualantena” é single do segundo EP de Mani Carneiro, parte de uma trilogia de lançamentos – onde 2 EPs se somarão a outras canções, formando um disco temático. Os trabalhos vêm para somar a uma trajetória rica. O artista já se apresentou em palcos que vão da Argentina ao Congo, passando pela França, é autor de mais de 300 canções e soma parcerias com nomes como o próprio Jam da Silva, François Muleka e Alessandra Leão. 

Mesclando referências como Kraftwerk e Caymmi, Luiz Gonzaga e Damon Albarn, Björk e Gilberto Gil, Mani Carneiro propõe uma visão plural e diversa da música brasileira contemporânea. Após o álbum solo “Ecoou” (2015) e o EP “Canções Para…” (2018), ele se prepara para o próximo passo na carreira. “Qualantena” é apenas o primeiro gostinho e chega às principais plataformas de streaming.

Assista a “Qualantena”: https://youtu.be/uLS_ZUg0CNs
Ouça “Qualantena”: https://smarturl.it/qualantena 

Ficha técnica
Mani Carneiro – Voz e violão
Jam da Silva – Bateria e percussões
Marlon Sette – Trombone
Jorge Continentino – Sax Baritono
Diogo Gomes – Trompete
Erick Amorim – Moog, Synth e Piano Rhodes
Qualantena é composta, produzida e mixada por Mani Carneiro
Arranjo de Sopros – Marlon Sette
Masterizada por Maurício Gargel
Direção e Direção de Fotografia – Bruno Pettinelli
Roteiro – Bruno Pettinelli e Mani Carneiro
Performance – Beatriz Pizarro e Layla Moncores
Elenco – Flavia Nunes
Edição – Bruno Pettinelli

Diego Fernandes Escrito por:

Bebedor desenfreado de café, Diego é desenvolvedor front-end e professor. É o fundador do Duofox. Na literatura não vive sem os russos Tolstói, Dostoiévski e Anton Tchekhov e consegue "perder" tempo com autores da terra do Tio Sam, Raymond Chandler e Melville. Acredita que a arte de maneira geral é a única forma de manter o ser humano pelo menos acordado, longe do limbo que pode levar a humanidade à Encruzilhada das Almas.

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