O gorduratrans é um duo carioca de shoegaze cantado em português, formado em junho de 2015 por Felipe Aguiar (guitarra e voz) e Luiz Felipe Marinho (bateria e voz). O primeiro disco da banda, “repertório infindável de dolorosas piadas”, lançado hoje, 27 de setembro, pelo selo carioca Bichano Records.
Gravado (com exceção da bateria), mixado e masterizado por eles mesmos no quarto do Luiz, na Baixada Fluminense, o álbum apresenta influências de cânones do shoegaze britânico, como Ride e My Bloody Valentine, somados a características de nomes fortes do underground brasileiro, dentre os quais se destacam a Ludovic e a Lupe de Lupe, principalmente pela atitude DIY.
As sete canções, que variam entre melodias lentas (“confusão”, “você não sabe quantas horas eu passei olhando pra você”) e agressivas (“sozinho e babaca”), têm como norte as complicações da juventude ao lidar com amores e relacionamentos que ficaram pelo caminho, mas que jamais foram esquecidos.
A instrumental “hércules quasímodo”, que soa como o J Mascis compondo a trilha sonora da Guerra de Canudos, abre espaço para “vcnvqnd”, que foi lançada como single em versão diferente da do álbum. A leveza angustiante do número final, “artes”, põe fim à agonia.
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