Com lançamento na quarta-feira, 31/08, “Projetar e Espalhar” é o terceiro disco do sorocabano Victor Fortes sob a alcunha de Pobre Orfeu – sendo o seu segundo só esse ano.
O novo álbum evidencia a inspiração do artista em produções vintages, ao mesmo tempo que apresenta o indie contemporâneo entre os seus versos e melodias, nos atentando ao vislumbre, mesmo entre tantas reverências e referências, do seu caráter original e particular, que interliga seus mais diferentes trabalhos.
As 9 faixas nos levam em uma viagem sobre libertação, apostando no indivíduo único que cada um pode ser. Acompanhado de guitarras de timbres alegres e buscando criar uma atmosfera lúdica e mágica, suas letras expõem os diversos astrais deste lançamento, abordando desde questões familiares tocantes e singelas, a problemas de comunicação e a exposição frenética nas redes sociais. São diversas referências a momentos pessoais, mas que geram fácil identificação no ouvinte.
Ouça aqui:
Victor possui um longo histórico musical: desde que começou a tocar guitarra e piano, se empenha na criação de suas próprias composições, lançando álbuns e EPs sob inúmeros nomes e bandas, permeando o underground nas mais diversas variedades de gêneros musicais, desde o metal extremo até o pop. No meio dessa incessante produção, Pobre Orfeu nasce com a intenção de dar vazão ao seu processo de composição, concentrando em um só projeto as suas criações sonoras, tão plurais entre si.
“Já lancei coisa em meu nome, com uma banda de death metal chamada Enforcation, depois com um projeto de death metal progressivo chamado Neptuniam, tinha um projeto solo de rock psicodélico chamado Branch of Yore, e atualmente tenho um duo de synthpop chamado Dormente”, conta o músico.
Essa diversidade se mostra dentro do próprio Pobre Orfeu: se em Feio por Fora, primeiro disco do projeto, Victor explorava o indie rock, em Quimera, lançado em março, ele flerta com o hardcore e o rock alternativo moderno. Já em Projetar e Espalhar, seu novo lançamento, o músico homenageia a lisergia e o psicodelismo dos anos sessenta:
“Por muito tempo vivi esse dilema: desde que comecei a fazer música, nunca consegui focar em um estilo ou gênero específico, sou facilmente influenciável por tudo que eu acabo gostando, e juntando com o vício de compor, eu lancei muitos trabalhos, a maioria de forma amadora. Nessa metamorfose ambulante que sou, vou criando um projeto para cada tipo diferente de música que eu arrisco experimentar. Em poucas palavras o Pobre Orfeu é um projeto criado pra lançar tudo que me der vontade, inspirado principalmente por artistas como King Gizzard e Ty Segall, que lançam música com bastante frequência e estão sempre experimentando sonoridades diferentes em cada álbum”.
Toda a gravação, mixagem e masterização foram feitas por Victor (Pobre Orfeu) em sua casa, além do design da capa do álbum; as fotos de divulgação são de Matheus Scarlate (@matheusscarlate.designer).
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