As coisas não estarão como antes. Quem não se via vai correr para receber um abraço. A falsidade talvez dê lugar ao mais sincero sentimento de amizade verdadeira.
Risos e mais risos em meio aos brindes suprimidos por algo invisível. Crenças postas a prova e nada de rivalidades por trás dos santos no altar.
Os dias amanhecerão valendo mais a pena. E as noites? Bem, elas servirão para curtir como nunca e para agradecermos por estarmos vivos. Ninguém poderá dizer que não passou por dias difíceis e que não sentiu medo.
Medo de não acordar ou medo de não ter a segunda chance que sempre achamos que teremos quando destratamos o próximo. A música que se ouvirá não vai mais incomodar, por incrível que pareça.
Deixaremos rolar as coisas, pois nos momentos mais duros e solitários, cada um pensou, dentro de si, que a lição será aprendida e que os erros não se repetirão. Nunca mais deixaremos de laçar o pescoço do cachorro para dar um passeio ao cair ou despertar do sol.
Não deixaremos também de apertar a mão das crianças e levá-las ao parque ou para os lugares favoritos delas. Muito mais lazer do que prazer. Dinheiro não tem semente e vidas são colhidas, mais cedo ou mais tarde o ceifador aparece, silencioso ou com alarde. Resta saber se estaremos prontos para a última viagem.
Foto destaque de Leo Cardelli
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