Deixando um pouco de lado, agulhadas (não aquelas de acupuntura) e o sarcasmo presentes em seu primeiro livro Sumo Bagaço, Thiago Cervan literalmente, joga todas suas influências dentro da betoneira.
Seguindo com sua estrutura poética influenciada pelo movimento construtivista e com um grande apelo visual, do qual sempre esteve em seu trabalho. Em dentro da betoneira, Thiago Cervan, puxa o freio, compõem com mais calma, sem a pressa do início, resultando numa escrita fluente, mesmo em aguas turvas e traiçoeiras do ativismo, onde muitos se contradizem, ele faz bonito.
Um pouco da candura do João Ubaldo aqui e pouco de João Cabral acolá, Thiago Cervan sempre buscou melhorar (através de suas buscas pessoais e interpessoais), do conhecimento de rua e do conhecimento de vida, dando um tom de voz, real a sua escrita.
Dentro da betoneira é com certeza, mais degrau na escadaria que todo escritor pena a subir. Inclusive muitos sucumbem, no entanto alguns conseguem continuar a subida.
Adquiram dentro da betoneira com Thiago Cervan e tenham uma ótima leitura e um pequeno detalhe, dá para matar o livrinho em 1 hora.
OUVI O POEMA VÁRIAS VEZES PARA SABOREAR O VERDADEIRO SENTIDO. EU GOSTARIA DE PRONUNCIAR ESSE POEMA… ELE É PROFUNDO, VERDADEIRO E TOCA OS SENTIMENTOS. ELE NÃO PODE SER APENAS LIDO OU FALADO EM RETO TOM… ELE NECESSITA SER INTERPRETADO, PARA QUE SEUS PRINCÍPIOS NÃO SE PERCAM. PARABÉNS. VOU QUERER ESSE LIVRO.