Sabe aquelas noites em que você se empanturra de comer besteira, passa por todos os canais na TV, tenta ler (para quem gosta de ler) conversa com o cachorro, não aguenta mais o povo postando merda no facebook e finalmente se vê largado na cama às duas da manhã e tem certeza de que o sono não virá tão cedo?
Sei que pensou sobre tudo isso e que 90% é verdade. Quase tudo o que descrevi acima contribuiu para que eu desse de cara com uma série (saibam que não sou muito fã de séries, pois umas enrolam demais) bastante interessante.
Chosen é uma série produzida e dirigida pelo americano Ben Ketai, de 30 Days of Night: Dark Days, não me arrisco a dizer que Ketai é conhecido, pois não achei muita coisa sobre o cara, enfim. Ok. Vamos ao que interessa.
A 1ª das 4 temporadas é transmitida originalmente desde 2013, pelo site Crackle. Muito parecido com o Netflix, o Crackle é um serviço de streaming de filmes e séries, que tem um catálogo de vídeos com um excelente diferencial. É totalmente gratuito.
A temporada de abertura conta a história de Ian Mitchell (Milo Ventimiglia), sim, ele é o Peter Petrelli da série Heroes, e que aqui encarna o papel um advogado criminalista, na minha visão um tanto antipático, e que “disputa” a atenção de sua filha após o término do conturbado casamento com sua ex-mulher, Laura Mitchell (Nicky Whelan), essa loira da foto que dispensa comentários.
Certa manhã, pronto para ir ao trabalho, Mitchell vê sua vida sofrer uma drástica mudança. Na porta de sua casa ele encontra uma misteriosa caixa. Dentro dela, uma arma carregada, uma foto de um estranho chamado Daniel Easton e instruções para matá-lo em três dias. Isso mesmo. Matar um sujeito que ele nunca viu em 3 dias.
O que chama atenção nessa série é a forma como as coisas vão acontecendo. É tudo muito rápido, não dá tempo de dormir, e Ian Mitchell vai se afundando cada vez numa bizarra teia conspiratória. Ele não pode confiar em ninguém, nem mesmo nos policiais que ele resolve contatar após abrir a caixa, que são altamente displicentes e não dão a mínima para sua história.
Sozinho e confuso, Ian resolve investigar por conta própria, e antes que perceba no que realmente está metido, já está dentro de um jogo e descobre que também é o alvo de alguém. Ele e mais outras pessoas agora fazem parte de um jogo macabro, onde a liberdade de todos é monitorada, embora alguns nem saibam disso. Telefonemas estranhos, objetos misteriosos, câmeras que aparecem em lugares improváveis e ameaças familiares são só alguns dos aperitivos dos primeiros episódios, que dificilmente não te deixará intrigado. A trama vai ganhando cada vez mais ação e suspense à medida que novos personagens aparecem, prenunciando as temporadas seguintes. Essa série ainda possui uma pitada de erotismo, o que não pode faltar em nenhuma história.
O resultado da série é muito satisfatório e apesar de não ser tão comentada e divulgada entre nós brasileiros, vale a pena ser vista, pois é relativamente curta, se comparada com outras do gênero, intrigante e repleta de emoção.
Ficará sempre a pergunta pairando em sua mente no final de cada um dos episódios. “Até aonde essas pessoas vão chegar para se manterem vivas? É clichê a frase, eu sei, mas essa é a que melhor se encaixa.
Agora, depois de ler esse texto, e se ficou curioso, tente assistir um episódio e ir dormir… Depois, deixe o comentário aqui contando pra gente se conseguiu…
Pontos positivos da série no Crackle.
- Áudio. Inglês com legendas para quem não gosta de dublagens pífias.
- Nota. 8,5 na escala de 0 a 10.
- Fotografia. Até mesmo um leigo vai perceber que os produtores mandaram bem.
- Atuações. Ótimas. Confira numa das cenas do 3º episódio, Milo Ventimiglia manda bem.
- Trilha Sonora. Não deixa a desejar. 8 na escala de 0 a 10.
- Duração. Aproximadamente 9 horas. O que faz de Chosen uma excelente opção para quem não tem paciência para séries com 550 episódios de 5 horas cada.
Valeu pela dica Prof. Terra.
Baita série, vale a pena