O que dizer sobre um dos autores mais queridos deste blog, este mineiro de Juiz de Fora que tornou-se carioca muito cedo, que já fez tudo na vida e na literatura, traz em “Amálgama” a fragilidade e a caricatura humana em suas variadas facetas. Rubem Fonseca, um gênio inigualável.
A certeza de que cada ser humano além de ser passível de fúria, inveja e infelicidade, tornando um ser incorrigível, é colocada em xeque a cada um dos 34 contos/poemas.
Em suas 160 páginas, nos vemos descendo abismo abaixo com tantas imperfeições e dissimulações, histórias como: a história de um assassino de aluguel que ainda tem algum escrúpulo (que não mata todos, apenas alguns), a história de um rapaz intrigado ao observar, de longe, que há um homem no parque que mata gatos afogados e decide fazer algo a respeito; um entregador que se utiliza de sua bicicleta de entregas para punir as pessoas que ele considera ruins. a história de um pai que planeja matar o próprio filho por amor; uma mãe que pretende vender o filho que sua filha espera, assim que ele nascer, mas acaba tendo que desistir da empreitada;
Também encontrará poemas no meio dos contos, o que é uma novidade, tratando-se do Grande Rubem Fonseca. Uma das características das personagens encontradas em “Amálgama” são a sobrevivência como autômatos e em alguns contos, sociopatas distribuídos em uma existência tórrida e sem futuro. Fica a nossa dica de leitura!!!!
# Abutres não ouvem Jazz – Ep33 – Rubem Fonseca & Luiz Alfredo Garcia-Roza
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