Artista multidisciplinar e luthier curitibano, Seithy faz de sua estreia musical um reflexo de sua identidade enquanto latino americano amarelo que vê sua cultura ser apropriada e invisibilizada. A urgente “Sem Nome” é guiada pela guitarra Kakushin-I de confecção própria e pela produção musical de Hugo Noguchi. A faixa está disponível em todos os serviços de música digital e antecipa o álbum “Haikai Espiritado”.
Ouça “Sem Nome”: https://smarturl.it/
Assista “Sem Nome”: https://youtu.be/8y3eCD4mSbY
“Depois de anos num coma colonial, entre não-lugares, inseguranças e naturalmente alocado à margem do possível, decidi saltar. Existo nesse salto, livre, caótico, saturado, conflituoso e humano. De som e de ser”, reflete ele.
No single “Sem Nome”, Seithy busca um olhar descolonial inspirado por todas as histórias, civilização e relatos que foram esquecidos em processos predatórios, desde terras até criações artísticas.
“Essa faixa é sobre o sufocar neo-colonial, não em meu nome, mas em nome de qualquer natureza não hegemônica, sobre artefatos, sobre as histórias caladas, aterradas, queimadas, sobre entrar num museu e se resumir num artefato exótico de autoria desconhecida, da cerâmica indiana do século II ao adorno kaingang de 2017”, conta Seithy.
O lançamento é uma aposta do selo Diáspora, projeto de Hugo Noguchi que pretende dar visibilidade para que artistas racializados se insiram de modo profissional no mercado musical, buscando descendentes das diásporas africana e asiática, bem como das internas brasileiras. “Sem Nome” está disponível em todas as plataformas de streaming musical.
Ouça “Sem Nome”: https://smarturl.it/
Assista “Sem Nome”: https://youtu.be/8y3eCD4mSbY
Ficha técnica:
Música por Seithy
Voz, violão, guitarra e bateria acústica: Seithy.
Engenharia de som e gravação da voz e bateria acústica por Leonardo Gumiero no Gume Estúdio.
Baixo, produção musical, mixagem e masterização por Hugo Noguchi.
Letra
Decolonize o som
Mas tenta ouvir também
A voz que se apagou, que embranqueceu
Amém.
De baixo da terra ou na cinza do fogo, das velhas bocas dos povos negados aqui.
Desestatize a cor, mas tenta ver além
Quem sucumbiu à mão
Que vem de contra-mão, e insiste em esclarecer
Que o lugar pra fala é claro e restrito
Basta que vivo ou revividamente ocupe-o
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