Uma campanha de financiamento coletivo está arrecadando dinheiro para custear o projeto de estabilização permanente da principal construção do centro histórico da cidade de Atibaia, no interior de São Paulo. O Casarão Julia Ferraz, de mais de 200 anos, está com a estrutura comprometida desde a última reforma da Praça da Matriz, no entorno do prédio, realizada pela prefeitura da cidade entre 2009 e 2011.
A campanha na página www.catarse.me/salveocasarao é a alternativa que a Associação dos Proprietários e Amigos do Solar do Coronel Manoel Jorge Ferraz, que há dois anos administra o prédio, encontrou para salvá-lo do risco de desabamento. Ela contempla o primeiro passo, que é conseguir R$ 23 mil para custear a elaboração do projeto de estabilização permanente da estrutura do Casarão. A proposta é que pessoas e empresas ajudem com contribuições que vão de R$20 a R$5mil, com recompensas e contrapartidas de acordo com o valor apoiado.
Desde o ano passado, a Associação e a população de Atibaia vêm se mobilizando pela preservação do Casarão. No início do ano, o movimento conseguiu que um escoramento emergencial fosse custeado e realizado pela Secretaria de Estado da Cultura com aprovação do Condephaat, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Arquitetônico do Estado de São Paulo. Como o escoramento feito em madeira é provisório, ainda é necessário realizar obras de estabilização permanente para acabar com o risco de desabamento. Por isso, é necessária a realização do projeto, que vai determinar os custos da obra e permitir dar andamento à estabilização definitiva.
A intenção da associação é que o Casarão possa voltar a ser um espaço cultural aberto para a população, como vinha acontecendo desde o tombamento pelo Condephaat em 1975 até que a situação do prédio obrigou os proprietários a interromper as atividades desenvolvidas.
O Casarão Julia Ferraz, também chamado Solar do Coronel Manoel Jorge Ferraz, foi construído por volta de 1776 e foi moradia de gerações de políticos do Partido Liberal no século 19. A partir do tombamento, o prédio se transformou em ponto turístico de Atibaia, com exposições e venda de trabalhos de artesãos e artistas de toda a região, apresentações musicais e outros eventos culturais.
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