Dulcineia lança seu primeiro álbum com uma visão plural da música brasileira, abarcando novas referências e aprofundando as temáticas propostas em singles lançados nos últimos dois anos. No seu primeiro disco gravado em estúdio, o duo fluminense – formado por Tiago Soares e Gabriel Silva – sintoniza do folk ao pop, passando pelo lo-fi e maracatu, sempre tendo as raízes da MPB como base. O projeto tem produção assinada por Guilherme Marques (Duda Beat, Qinho, BEL, Biltre) e já está disponível nas plataformas de streaming.
Ouça “Dulcineia”: https://smarturl.it/
Confira o faixa-a-faixa abaixo
Dulcineia propõe a mistura de ritmos brasileiros com uma sonoridade desconstruída, ao mesmo tempo alegre e profunda. Essa dualidade é uma constante no trabalho do duo, incorporando as personalidades de Tiago e Gabriel em canções que transitam entre o dançante e o épico, o leve e o intenso. Se apropriando desses contrastes, eles mostram as polaridades que vivem em todos: a luz e a sombra, o amor e a saudade, a coragem e o medo.
As 10 faixas do álbum são composições originais e fazem uma narrativa musical única que conta a história desse casal como num roteiro de um filme, sugerindo uma viagem entre o som e a poesia. O disco cria um arco cronológico de mais de uma década de união. As canções atravessam as memórias dos dois desde o início da relação, conhecendo um ao outro e desbravando experiências juntos.
“Dulcineia é o encontro de Tiago e Gabriel, é o renascimento de duas pessoas, é viver a poesia e mover tudo por vivê-la, é ser protagonista do épico da própria vida”, definem.
Foram dois anos de gravação, um financiamento coletivo e muitas vivências de um projeto musical que amadureceu na estrada e foi gestado entre mudanças de casas, de cidades e de concepção artística. “Foi um processo intenso de auto-descoberta. Esse disco é um sonho coletivo se tornando realidade. Não só nosso, como das pessoas que nos ajudaram a realizá-lo. São muitas pessoas sonhando esse disco com a gente”, completam.
Essa vivência múltipla proporciona olhares plurais sobre a nova MPB que Dulcineia entrega em suas canções. Juntos há 14 anos – romântica e musicalmente -, agora eles ampliam essa sonoridade que busca novas perspectivas sobre as raízes da nossa música.
Para dar vida a essa reflexão, a produção musical, assinada por Guilherme Marques comanda um time de peso da cena carioca: Tiago e Gabriel se dividem nos vocais, enquanto a guitarra delicada de Diogo Sili se encontra com a bateria, ora de Lourenço Vasconcellos, ora de Gabriel Barbosa. O próprio Marques assina baixo synth, teclado, base eletrônica e arranjos.
“Dulcineia” já está disponível para audição nas principais plataformas de streaming de música através do selo Cantores del Mundo.
Ouça “Dulcineia”: https://smarturl.it/
Faixa-a-faixa, por Tiago Soares:
01 – Turmalina
Recebi essa música da Rach Araújo num dia ensolarado para criar, adorei de cara e em pouco tempo, estava com a primeira parte pronta. Amamos nossa primeira parceria! Um tempo depois, escrevi um poema que se encaixou como uma luva e se tornou parte dela. Essa música chegou pra mim num momento de intensa busca espiritual, de aprender e utilizar os conhecimentos humanos para me auto-conhecer, lançando mão de tudo que eu conhecia e sentia identificação para me ajudar nesse caminho da evolução.
02 – Rainha do Mato
Os encantos da floresta que sonhávamos em encontrar durante nossa vida na cidade se tornaram realidade e agora estamos morando em contato com essa mestra que nos ensina a cada dia. Comungar com a energia, com as plantas, com os seres, com a água pura da nascente, nos faz aprender sobre nós mesmos e sobre a nossa missão no mundo. Essa música é sobre saber ouvir e seguir os sonhos do nosso coração.
03 – Mergulho
O medo, esse antigo instinto da humanidade… nos faz ter precaução mas também pode nos paralisar. Essa música veio quase pronta do Camilo e sentimos uma identificação profunda. Estavamos largando nossos empregos para nos dedicar a DULCINEIA de corpo, tempo e alma! As poesias apareceram no momento da gravação, quando tivemos a necessidade de expressar o que estávamos sentindo naquele momento de desmonte político, que antecedeu a pandemia.
04 – Lua Negra
Nas viagens entre vídeos de astrologia encontrei a Lilith. Quis saber tudo sobre ela, vídeo após vídeo, conheci melhor a Lilith que habitava em mim e logo surgiu essa música desconstruída, profunda, escorpi-plutoniana, sobre a Lilith que habita em todos nós.
05 – Subindo a Serra
Foi como traduzimos a sensação grandiosa de vir morar na serra do RJ. Uma grande mudança na nossa vida e na maneira de compor e produzir a nossa música. Essa simplicidade mágica nos encantou e criamos uma peça épica a partir de cenas simples e cotidianas da vida aqui no interior.
06 – Outro Eu
Os espelhos cotidianos que nos deparamos durante o dia, todos os dias, nos refletem e nos confundem… mas são uma grande oportunidade de observarmos e entendermos mais através do que vemos e provocamos um no outro. Até o invisível e não dito passa através desse reflexo em intenções, emoções, energia…
07 – Mesmo Espaço
A ausência de quem amamos nos traz saudade, sensações de aflição e provoca reflexões, divagações que nos levam a lugares mil… assim foi feita essa música. Num período que ficamos 1 mês distantes fisicamente.
08 – Deixa Colorir
Um grito de liberdade para nos assumir como artistas gays. Dessa musica nasceu a ideia de nos assumir como casal publicamente e deixar a verdade se expressar no nosso trabalho. A partir daí começamos a criar e nos manifestar muito mais livres com intenção de contar a nossa verdadeira história.
09 – Um dia de sol
O calor que nos faz querer viver a vida, ir pra água, faltar o trabalho para curtir o dia de sol num lugar maravilhoso e os encontros que temos ao sair das nossas rotinas para viver o que realmente queremos. Nem que seja por um dia de sol. Esses momentos são capazes de mudar a nossa vida para sempre!
10 – Café da Manhã
Sabe aquela declaração de amor meio acabrunhada? Um dia depois de uma briga? Assim nasceu essa música, de manhã bem cedo, depois de uma noite mal dormida, trancado na cozinha. Foi a primeira música que fiz para o Gabriel, a mais antiga do disco, composta em 2013. É como tudo começou e como fechamos o nosso primeiro disco.
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