Vocalista e guitarrista do duo punk rock Carrapato’s, Victor Silveira estreia projeto solo no rap com o vulgo Viveira, onde ele assina todo o processo de produção musical, composição e produção de beat do seu primeiro single “Respeito é o Remédio”.
Em quarentena desde março, Victor se viu com muitos conflitos internos e externos que necessitavam de voz, entre inúmeros projetos que ele deu início nesse período em isolamente, surgiu o rap novamente em sua frente. “Gostaria de dividir com vocês que estou dando continuidade a uma linguagem musical que comecei a 10 anos atrás.
Muita gente não sabe, mas eu comecei na música escrevendo rap, que coincidiu com a época que eu dançava break, então fazia parte muito do que eu ouvia naquele tempo. Eu tinha cadernos cheios de versos. E nesse meio tempo, Flávia (irmã) e eu já começávamos nossos primeiros ensaios, e não demorou muito pra nascer a Carrapato’s e meus versos ganharem novas formas.” Disse Victor em suas redes sociais.
O single “Respeito é o Remédio”, aborda entre outras coisas o fato da quarentena não estar sendo levada a sério, tanto por parte da população que pode fazer quarentena e ignora as medidas de segurança promovendo aglomerações desnecessárias, como também pelo governo que não dá o devido suporte que possibilitaria a quarentena ser de fato uma realidade a ser seguida.
Todo produzido pelo celular, desde a produção do beat, captação, mix e master, o single “Respeito é o Remédio” foi inteiramente produzido em casa de dentro de sua quarentena, pensando na preocupação quanto a responsabilidade social em buscar evitar o contato presencial. Assim ele segue produzindo os próximos singles enquanto ainda não é seguro levar sua produção pra dentro de um estúdio, afirma o músico.
O single vem acompanhado de clipe dirigido por sua irmã Flávia Silveira e pelo Victor. Tudo gravado em casa, sem firulas, recado simples e direto.
Victor também falou sobre a criação do seu vulgo: “Para esse novo projeto, me dei o pseudônimo “Viveira”, que inicialmente se tratava de uma tentativa de ver se soava legal substituir a primeira sílaba do meu sobrenome pela primeira do meu nome, e no fim, culminou numa analogia que muito me agradou para descrever o que pretendo fazer neste projeto.
Viveira é o mesmo que viveiro, um lugar onde se conserva plantas ou animais vivos, resgatados ou sendo explorados. Então Viveira quer dizer: onde há vida! As vezes sendo salva, as vezes aprisionada, as vezes sendo cultivada… Tudo depende do contexto. E esse mix de possibilidades, essa linha tênue entre o bom e o ruim, sintetiza muito bem a confusão interior que sinto, dando palco a esse solilóquio que é esse meu projeto.”
Veja o clipe de “Respeito é o Remédio”:
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