1.Um resumo de quem é Dodô.
Dedicação, convicção e teimosia rs.
2.Quais são suas principais influências?
Hoje em dia tenho meus amigos como influências hehe, digo algo que era inimaginável a alguns anos atrás , como o Revolback (vocalista da banda Questions) que já fizemos rolês juntos e registros para a banda. Mas sempre carreguei fontes como Bansky e Shepard fairey (Obey) Sesper (Farofa) .
3.De que forma e quando você desenvolveu seu estilo?
Eu começo fazer trabalhos na rua ainda na adolescência, com influência das banda de punk rock que ouvia na época, encarte , artes de discos, como o artista Jimbo Phillips que estampava as capas da banda No use for a name e também para a marca de skate santa cruz. Logo após isso, começo cada vez mais no sticker arte,indo nos eventos em são paulo e trocando cartas por no correio com outros artistas. fazendo a mão com caneta, depois silk screen e até gráfica, levando o vulgo Dodô como me conhecem hoje. Mas principalmente é o sentimento do momento, se acho que devo fazer algo, inovar, vou e faço, assim como meus trabalhos atuais de lambe-lambe que carrega um peso grande na mensagem política antifascista.
4-Qual a relação do seu trabalho artístico com as mídias digitais?
Bom, não só para o meu trabalho, mas as mídias sociais têm uma relação direta, pois é uma nova ferramenta de trabalho, né? O artista divulga em tempo real para o mundo todo ver e seguir em menos de um minuto. É possível dizer que por causa disto os artistas urbanos passaram a ter uma vontade de registrar momentos através de fotos, além de fazer seu trabalho na rua, ele também vai desenvolvendo técnicas para boas fotos cada vez que sai.
5-Você mantém vários sketchbooks? Qual é a importância desta forma de registro?
Não mantenho sketchbook (ainda não) eu geralmente faço montagens no PC no estilo estêncil para meus trabalhos ou peço ajuda para algum amigo ilustrador , passo ideia e ela planeja a arte. Mas para quem tem hábito de desenhar e ter essa forma como criação, a sketchbook é essencial.
6-Diz aí, 5 livros/HQ’s, 5 filmes e 5 discos favoritos que você levaria para uma ilha deserta?
Discos
• The specials Album – Specials
• The Buzzcocks – Singles Going Steady
• True till death – chain of strenght
• Waves of hope – Bayside kings
• Shock Troops – Cock Sparrer
Livros
• Guerra e spray – Bansky
• Sóbrios, Firmes, e Convictos. Uma Etnocartografia dos Straightedges em São Paulo – João Batista de Menezes Bittencourt
• Dance Of Days – Duas Décadas De Punk Na Capital: DOS EUA – Ana Carolina Odinique e Marcelo Viegas
• Minimanual do Guerrilheiro Urbano-Carlos Marighella
Filmes
• Boyz n tha hood – John Singleton
• Skinhead attitude – Daniel Schweizer
• Scarface – Brian de Palma
• Hooligans – Lexi Alexander
• Rudeboy: The Story of Trojan Records – Nicolas jack Davies
7- Além da exposição em SP, você participa ou já participou de exposições em Atibaia?
Bom aqui em atibaia nunca participei de nada relacionado com arte, exposição etc, nunca me chamaram também, mas nada me impede de participar ou fazer algo se tiver oportunidade, acredito que a street art aqui ainda como algo periférico, de pessoas que á burguesia fingem não ver ao centro rs, uma cidade conservadora né!? Mas em são paulo é outra história …talvez tenho mais reconhecimento pelos artistas de lá
8-Quais são as dicas para quem está começando, onde pode encontrar referências fora da internet (livros, revistas ou fanzines) e como poderia utilizar estas no dia a dia?
Fora da internet? Haha bom de todos livros que indiquei, o manual do guerrilheiro urbano é importante para você entender qual sua posição nas atividades da rua, saber qual o seu verdadeiro inimigo. É um dos principais motivos pelo qual faço arte urbana é para dar voz quando enquanto calado, digo protestar contra algo de forma que todos possam ver, e digo que arte deve ser assim, para incomodar às autoridades , pessoas.
Muito bom meu amigo artista Dodô parabéns