Imaterial – O novo álbum dos portugueses do Vatsun

Vatsun é um projeto independente de música eletrônica com canções em português, formado por Sérgio Deuchande que canta, escreve e produz as batidas eletrônicas, e por Bruno Garcez que toca Microkorg e cuida da composição e produção musical. O novo álbum dos portugueses Vatsun chamado Imaterial, no seu estilo, tenta ser original assumindo que tal é impossível. No fim, o que importa mesmo é cantar outra vez. A sonoridade situa-se entre a música eletrônica, synthpop, pós-punk e new wave. Exemplo disso é o single que é um dos destaques do disco chamado Pressa.

Fotógrafo: Jorge Serra
Fotógrafo: Jorge Serra

Pressa

À noite voltei, já não te apanhei em casa 
Porta boquiaberta, luz da mesa tombada 
Foquei-me no vidro para ver a tua sombra passar… por mim 

Quando acordei, não me lembrava de nada 
A marca no sofá, figura humana formada 
Com tanta cerimónia a vida inteira andei 
Se não for por ti, não é por mais ninguém… agora 

Lá vou eu mal e depressa para te compensar 
Bem sei que o tempo aperta 
E está cheio de pressa para nos tentar levar 
Sei lá eu o que é que eu quero 
O que há no fim é só esta pressa 
Tanta pressa 

Cheguei ao jardim, a sorte está combinada 
A noite já ganhou, mas faz-se de convidada 
Imponho uma trégua, para tentar encontrar-me a mim… por ti 

Agora nem sei se posso ser salvo 
Deixo alguém entrar assim que baixar o alvo 
Sem pedir licença a memória trai 
A cada lembrança outra glória descai… agora 

Lá vou eu mal e depressa para te compensar 
Bem sei que o tempo aperta 
E está cheio de pressa para nos tentar levar 
Sei lá eu o que é que eu quero 
O que há no fim é só esta pressa 
Tanta pressa 
Sei lá eu o que é que eu quero 
O que há no fim é só esta pressa 
Tanta pressa

Onde encontrar o Vatsun: 
Diego Fernandes Escrito por:

Bebedor desenfreado de café, Diego é desenvolvedor front-end e professor. É o fundador do Duofox. Na literatura não vive sem os russos Tolstói, Dostoiévski e Anton Tchekhov e consegue "perder" tempo com autores da terra do Tio Sam, Raymond Chandler e Melville. Acredita que a arte de maneira geral é a única forma de manter o ser humano pelo menos acordado, longe do limbo que pode levar a humanidade à Encruzilhada das Almas.

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