Para falar de Jazz não podemos deixar de falar de sua influência, de sua linguagem e de sua instantaneidade musical. Tudo o que acontece nesse estilo musical é uma combinação de contradições. Instrumentos que dialogam e parecem ao mesmo tempo discutir calorosamente.
Rapidez e vagarosidade. Lamentos e Risadas. Isso é o Jazz, que é em sua essência um mundo sonoro dos negros norte-americanos. E isso o torna um estilo grandioso e pungente.
Muitos músicos ficaram conhecidos por executar improvisos quase demoníacos, coisas que sob o ponto de vista humano, parecem não ser possíveis, mas que ao soar o repique da bateria, podemos ouvir e vibrar com solos de saxofones e trompetes lamuriantes.
Um grande músico, Dexter Gordon, conhecido também como Gigante da Califórnia é um grande exemplo do que podemos chamar de jazz “puro”. Dexter nasceu em Los Angeles, em 1923 e desde cedo, se dedicou ao estudo musical.
Seu pai, curiosamente, era um dentista e tinha clientes como Duke Ellington e Lionel Hampton. Os pormenores que levaram o pequeno Gordon a escolher o sax tenor como instrumento para dominar não vem ao caso agora, mas o fato é que tocava clarinete e sax alto antes de se consagrar no tenor.
E cá entre nós, como se deu bem no tenor. Seu som aveludado num instrumento que tem tudo para ser agressivo e pesado.
Tocando ao lado de grandes nomes do jazz como Lee Young, Jessie Price e ninguém menos que um tal de Charlie Parker e outros, Dexter deixou uma marca na história do jazz como um dos pioneiros do Bebop, Swing e Hard Bop.
Mas melhor do que falar sobre a vida e obra do artista, é ouvi-lo em ação.
Ouça alguns álbuns de Dexter Gordon! Depois compartilhe.
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