Chega o fim de semana e o ditado é sempre o mesmo, “Vou descansar, dormir… ah não tem nada para fazer, cidade chata… blábláblá”. O engraçado que as pessoas que reclamam, dificilmente mudam o cenário. Chega de balela… neste último sábado 25/07, chuvoso, frio, com o pé encharcado e muita coragem. Chegamos na Casa das Mangueiras com uma garoa fina e um frio adorável. Exatamente as 20 horas inicia-se o Raro zine Duo Sessions.
O primeiro piloto Kamikaze foi Matias Pícon, com seu projeto denominado Facka. Mesmo desfalcado, seguiu no melhor estilo One man band , tocando bumbo, guitarra e vocal. Mandou canções com sonoridade que fugiram através do túnel do tempo, mais precisamente do inicio da década de 90, com muito delay e bom gosto.
Continuando a dança bragantina, a esquadra zurra perdoense, Crasso Sinestésico, tocou com um pouco mais de punch e mudança na formação. Deixando de lado a drum machine e mudando-se com mala e cuia para bateria de verdade(coisas que só Gepeto faz por você).Fora o setlist de sempre, um cover do Stooges, Gimme Danger encharcado de Fuzz Industry e Delay.
Esfumaçando a noite, com psicodelia setentista. O The Lost Lions destruiu em sua primeira apresentação, com uma sonoridade que agrada tanto os sabbaticos quanto os zepelins. Tocaram um som com qualidade excepcional e com uma projeção de primeira, tornando o show um grande espetáculo visual. Lost Lions foi o destaque da noite.
Para chutar o pau da barraca e espantar o frio, Projeto Trator fez um pacto na encruzilhada, para tocar bem eternamente e alegrar os amigos com suas canções sabbaticas. Alunos aplicados, sempre tiraram 10, em riffs lentos e ganchudos, em beats arrastados e vocais inimitáveis. Dispensa qualquer comentário, o pacto tem dado certo desde 2006.
Para fechar a noite de sábado, convidaram todos que sobreviveram as 4 bandas, há subir a escada para os céus ao som da craviola nas mãos de ninguém menos que Sergio Ugeda (Diagonal, Debate), tocando um som instrumental de fazer muitos ficarem com o queixo caído, entre suas alternâncias de ritmo e melodias uníssonas. O Raro zine Duo Sessions foi excelente, se você não pode comparecer neste, compareça no próximo, fica a dica.
Continuando a epopeia sonora numa Gig atibaiense, domingo 26/07, tarde ensolarada com abertura de Guilherme Valério , que misturou ritmos africanos e uma kalimba ligada ao pedal de fuzz, só poderia sair coisa boa, não há duvida quanto a isto.
Na sequência, Mauricio Takara com Henrique Diaz, deixaram a tarde mais bonita ao som do cavaquinho, cuatro (instrumento latino com 4 cordas, muito utilizado na Venezuela, que faz lembrar um Ukelêlê com corpo maior) e um Skate com cordas de aço. Tocaram canções dos álbuns, puro osso e toti. Tarde linda e com musica de bom gosto, fechando o fim de semana. Recarregando a bateria das pessoas que precisam enfrentar a segunda-feira e que ao primeiro gole de café, sentirão saudade do divertido fim de semana.
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