Abaixo as 10 melhores leituras deste ano:
1- O Estrangeiro – Albert Camus
O livro fala sobre indiferença na vida, sobre o impacto do torpor na vida dos amigos, namorada, parentes etc. O drama de Meursault roda em torno de um assassinato, que o faz refletir sobre sua condição como pessoa e o meio do qual faz parte. O torpor é o seu maior inimigo.
Nota: 10
2- Holocausto Brasileiro – Daniela Arbex
O Holocausto brasileiro ceifou 60 mil vidas no hospital Colônia, o que você faria se fosse enviado a um manicômio? Por fazer bagunça na rua, enquanto criança, ou se tivesse epilepsia, fosse homossexual ou se ainda fosse esposa traída e esta seria a sentença mais justa por tal “pecado” ou tal “desagrado”, a sociedade, ser deixado a sorte no manicômio.
Nota: 10
3- Fome – Knut Hamsun
Fome é um livro autobiográfico e serve de exemplo para quem almeja ser escritor .Knut Hansun mostra nesta obra que mesmo os escritores talentosos, têm que trabalhar excessivamente para conseguirem o seu lugar ao sol.
Após a leitura deste livro, a comida da qual você se alimenta diariamente, terá um sabor maravilhoso, pois para se escrever com um pedaço de lápis, é necessário abdicar da provisão diária e só conseguirá alimentar-se, caso consiga vender o manuscrito para um jornal.
Nota: 10
4- A Tristeza Extraordinária do Leopardo-das-Neves – Joca Reiners Terron
O livro é narrado por um escrivão da polícia filho de um velho judeu, que está envolvido num caso misterioso, repleto de história secundaria que se interligam, como a da Senhora X contrata para cuidar da criatura, do taxista e seus rottweilers, a do entregador do mercado coreano, a dos colombianos que trabalham na loja do pai do escrivão e a mais interessante de todas, a saga do leopardo-das-neves que dá nome ao livro. Tudo isso se passa no Bom Retiro, bairro tradicionalmente colonizado por judeus e árabes. As descrições de Joca Terrón sobre o bairro são simplesmente perfeitas!!!
Nota: 10
5- Sonhos de Bunker Hill – John Fante
Arturo Bandini é um “ajudante de garçom, sem igual”, “Eu tinha algo mais a oferecer a meus fregueses além da habilidade de garçom, porque eu também era escritor”. Arturo Bandini achava-se genial e por incrível que pareça era genial na sua ingenuidade: “Um dia este fenômeno tornou-se conhecido, depois que um fotógrafo bêbado do Los Angeles Times sentou no bar e bateu várias fotos minhas… No dia seguinte havia uma reportagem de destaque anexada à fotografia do Times”. Clássico de John Fante!
Nota: 10
6- Boca de Ouro – Nelson Rodrigues
Depois da morte de Boca de Ouro, famoso bicheiro que teria mandado substituir
todos os dentes por próteses de ouro, a reportagem policial traz três visões de Boca de Ouro através de sua ex-amante, Dona Guigui.
A cada versão, dependendo do estado emocional e psicológico da mulher, surge um novo Boca de Ouro, ora criminoso, ora valente e as vezes, até amável.
Boca de ouro é uma tragédia carioca em três atos escrita por Nelson Rodrigues em 1959.
Nota: 10
7- O Longo Adeus – Raymond Chandler
Personagens que cometem assassinatos sem escrúpulos, sem cobiça, apenas por desespero. O crime é uma consequência na história, das relações, das dores. Todos os personagens ou perderam alguma coisa ou jamais encontraram o que procuravam. Philip Marlowe é apenas um “detetive barato”, praticamente sem clientes e que tem o estranho hábito de ajudar as pessoas em troca de nada, se mete em uma trama da qual muitos se dão mal. Excepcional!
Nota: 10
8- O Processo – Franz Kafka
O Processo é um romance do escritor Tcheco Franz Kafka, que conta a história de Josef K., personagem que acorda certa manhã e sem motivos conhecidos, é preso e sujeito a longo e incompreensível processo por um crime não revelado. Atmosfera em torno trama é de que nada escapa do sistema, não importa qual sistema seja. Mesmo que a verdade esteja com você, a história prova que o condicionamento a um padrão, imposto pela sociedade ou por um grupo de pessoas, é mais importante que qualquer coisa.
Nota: 10
9- Factótum – Charles Bukowski
Rodando pelas ruas de Los Angeles sem rumo, durante a Segunda Guerra Mundial enquanto não consegue ganhar dinheiro com a sua verdadeira paixão, a escrita, Henry Chinaski se vê como só mais um cara num mundo cada vez mais louco e doentio. Trabalhando em vários lugares, como gráficas, depósitos e restaurantes o nome faz jus a história, pois Factótum é um “indivíduo que se julga ou se mostra capaz de tudo fazer ou resolver”. Excelente!
Nota: 10
10- A arte de escrever bem – Dad Squarisi e Arlete Salvador
Um livro teórico extremamente prático, complicou né? Ensina como utilizar a língua portuguesa com muitos exemplos reais extraídos de jornais e revistas, facilitando o entendimento das lições contidas na obra. O livro é bem-humorado, a didática é simples, o que torna a leitura descontraída e muito eficaz na aplicação. É um ótimo guia de referência, leitura rápida (menos de 100 páginas), mas de alta qualidade e praticidade para utilização diária.
Nota: 10
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